terça-feira, 25 de setembro de 2012

Como saber que chegou a hora de retornar ao trabalho?

Bom dia mamães!!!

Vim abrir meu coração e dividir com vcs algo que me causa uma dúvida gigantesca. Como saber que chegou a hora de retornar ao trabalho?
Para quem não sabe estou sem trabalhar desde a minha gestação. Tive descolamento de placenta e como já havia perdido um bebê antes meu médico achou melhor me manter de repouso. Com isso parei de trabalhar antes mesmo de completar 3 meses de gravidez. Depois disso veio o nascimento do Felipe, a licença maternidade e o retorno ao trabalho. Um momento confuso já que eu tinha a certeza que não voltaria. Não vou entrar em detalhes agora pq a história é grande, o fato é q coloquei Felipe na escolinha e dois meses depois do retorno ao trabalho eu sai. Consegui um acordo e fui mandada embora.
Desde a gestação, ou melhor antes mesmo de ficar grávida, eu e meu marido já tínhamos "combinado" que eu ficaria por conta do Felipe até ele completar 1 ano. Queria acompanhar cada fase dele, queria estar ao seu lado nas descobertas e desenvolvimento. E foi assim... Acompanhei tudo. Vi ele engatinhar, andar, começar as primeiras palavrinhas, vi ele sair do peito e passar para a mamadeira, depois para a frutinha e papinha, até chegar a mesma alimentação que nós. Acompanhei cada sorriso, choro, medo, superação de seus próprios limites.
Várias pessoas me julgaram, falaram q eu estava abrindo mão da minha carreira e eu por um tempo até me preocupei, mas hoje vejo que minha maior e melhor profissão é ser mãe, essa ninguém me tira e salário nenhum paga. Não me arrependo de nada e com certeza faria tudo novamente.
Não estou aqui para julgar ninguém, acho q cada um tem a sua escolha, sua necessidade. Infelizmente moramos num país que não nos garante uma situação financeira tranquila para que todos façam essa escolha.
Hoje Felipe está com 1 ano e 4 meses. Me propus a voltar a trabalhar e semana passada recebi um telefonema marcando uma entrevista de emprego para ontem.
Não vou falar q fiquei calma, pq não fiquei. Um turbilhão de emoções tomou conta do meu coração, e eu que achei q já havia resolvido toda essa questão dentro de mim vi q não sou mais dona dos meus sentimentos, não adianta eu cismar que quero algo, pq quando olho para aqueles olhinhos lindo e brilhantes tudo ao redor perde o sentido.
Não abri mão desse momento, não desmarquei a entrevista. Quero muito voltar a trabalhar (embora várias pessoas achem que estou "acomodada" com a situação), sinto falta de ter o "meu" sustento, o "meu" dinheiro. Nunca me faltou nada, mas sempre comprei as minhas coisas com meu próprio dinheirinho e ter q pedir, mesmo q eu não precise dar satisfação para meu marido de nada q eu quero, faz falta. Sinto falta de ter meus "amigos do escritório", de almoçar conversando sobre assuntos que não sejam filho (embora ache que isso na verdade não vai mudar). Sinto falta sim do trabalho fora de casa (pq aqui dentro o que não falta é trabalho!!!).
Mas tem o outro lado da moeda, talvez possa parecer desculpa minha, mas eu não tenho família em SP,  não posso por exemplo contar com a minha mãe caso o Felipe fique doente durante a semana e não possa ir para a escolinha. Não tenho quem possa correr para pegá-lo na escola caso aconteça algum imprevisto comigo ou com meu marido.
Sei que é importante para mim e para o Felipe que eu retorne a minha vida "normal", mas não vou dizer que é uma decisão fácil... e olha que eu bem achei q era. Várias pessoas (e são várias mesmo) não entendem a minha indecisão, mas eu tb já desisti de explicar. kkkkk
O fato é que estou aqui esperando o resultado que deve sair até o final dessa semana e enquanto um lado do meu coração diz q é hora de voltar, outro diz que ainda devo ficar com meu filhote por um tempo.
Não vou me matar nesses pensamentos por agora, decidi que não vou mais "sofrer" por antecipação. Quando chegar a hora a decisão certa será tomada. A decisão certa para mim e para meu filho.
;)


Bjos

1 comentários:

  1. Ingrid, boa tarde. Acabei de ler seu post e realmente entendo esse seu sentimento de dúvida em relação ao trabalho. Toda vez que me pego nessa situação, penso na minha mãe, que, na época em que me teve, conseguiu apenas 4 meses de licença e foi forçada a voltar a trabalhar, pois era ela quem sustentava a casa. Até hoje ela me diz o quanto ela sofreu (e ainda sofre) por ter perdido uma das fases mais gostosas da vida de uma criança. Se você se encontra nesse dilema, pense como mãe! Pense que, se seu companheiro está conseguindo segurar as pontas com as contas, você deve mesmo é aproveitar a oportunidade para curtir cada momento, pois um emprego e dinheiro próprio, agente consegue, mas voltar no tempo pra viver algo que já passou, é impossível! Grande abraço, Patricia.

    ResponderExcluir